segunda-feira, 7 de junho de 2010

WC 2010


WC 2010 Nos clássicos do incrível Oliver Tsubasa, nos quais cresci a assistir, comecei a atentar ao valor e à fantasia do facto de vários jogadores de futebol dos quatro cantos do planeta se juntarem, se admirarem e temerem com amizades já construídas por vezes, linguagens em "código" ao ouvido do adversário, confrontos psicológicos sem barreiras físicas, ódios e patriotismo dentro de campo, um "vale tudo" com fair play praticado apenas pelos 'muito bons' e ignorados pelos 'muito melhores' que vêm pela primeira vez os limites da fronteira do país, o peso das suas cores e os milhões de pessoas com os olhos postos neles. Desenhei na minha mente a descrição de Mundial como um momento absolutamente genial a nível cultural, desportivo que não deixará de ser lembrado, pelo menos, de cinco em cinco dias durante mais quatro anos. É como juntar os olhos em bico que são ágeis, os loiros e altos que são fortes, os negros e potentes que são fisicamente poderosos, os latinos que trazem os ensinamentos tácticos e a magia nos pés, todos os outros novos e globalizados que aparecem para serem estudados e confrontados. É como analisar uma nação inteira ali, perceber pelas reacções e jogadas como o povo vive, preparar o próximo ataque para o povo se render. É a Copa do Mundo em quatro em quatro anos, é a magia e a rivalidade acorrentada do único planeta no Universo onde que se saiba, tem vida. Dizem os mais atrevidos que este mesmo planeta acabará em 2012, sendo assim, esta seria o último Mundial de sempre. Não quero que o o Mundo acabe porque não quero que este seja o último Mundial de sempre. Terá África do Sul 2010 tudo para ficar na história? Sim, por ser num continente inexplorado e não, em tudo o resto (pelo menos em aspectos positivos). Num país onde a capital é a Cidade do Cabo, e o cabo é o Cabo da Boa Esperança, não se vê muita dificuldade porém, em que tudo se transforme num Tormento. África tem no seu ponto forte a gente e a festa, gente essa que insiste dar o seu contributo em festa "bufando" para dentro de uma trompete de plástico criando um som que seria abelhudo se não viesse de pessoas. Na África de revolução, todo o contributo de mudança que esta competição lhe trará supera todo o conteúdo futebolístico que será apresentado ou senão vejamos: más campanhas pós Mundial das principais selecções (Portugal, Argentina, França, etc), lesões e lesões eminentes (Varela, Bosingwa, Beckham, Pepe, Drogba, Robben, etc), estrelas das mais brilhantes deixadas de férias (Zanneti, Cambiasso, Walcott, Diego, Ronaldinho, etc), violência nos dias que se antecedem (Nigéria vs Coreia do Norte), especulações consoante às condições de segurança, uma bola de supermercado e muito mais. Adamastor, és tu? Onde tudo parece predestinado a correr mal, onde o Sul de África continua nas Tormentas, sendo o patinho feio dos cisnes que foram os outros quatro em quatro anos, mantemos a fé tendo Boa Esperança pois o futebol é isso mesmo. Divirtam-nos dentro de campo ao som da batida africana surda aos zumbidos vindo das bancadas, fazendo a competição ser longa e curta, perfeita. O futebol é isso mesmo que não se descreve e este ano se os Lusíadas quiserem, a WC será uma verdadeira World Cup.

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