terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Só para reflectir...



Em Portugal (e penso que em todo o mundo), para se ser jogador de futebol basta candidatar-se a um clube, um clubezinho do bairro. Treina-se, espera-se pela avaliação do treinador e reza-se para se ter a oportunidade de fazer o que mais se gosta - jogar futebol. Essa avaliação do treinador, se existir algum profissionalismo no clube, já foi também submetida a testes: um curso universitário na área de desporto ou mesmo um curso de treinador de futebol.
Um jogador pode ser mau, um treinador pode ser mau, mas é facilmente substituído e "queimado". E quanto ao dirigente desse clubezinho do bairro? Ser um empresário bafejado pelo dinheiro ou um apaixonado do futebol que quer andar a brincar aos "presidentezinhos e aos clubezinhos" é condição suficiente para gerir e influenciar tão fortemente a carreira desportiva de dezenas de crianças, pré-adolescentes, adolescentes e pré-adultos? Jovens ingénuos que entregam nas mãos de um "qualquer senhor" a responsabilidade do seu crescimento desportivo e também, consequentemente, pessoal?
Num clube e no futebol de formação (toda esta crise existencial não se aplica no futebol profissional, a maioria das vezes) discute-se a qualidade dos jogadores e dos treinadores e mantém-se intacta a imagem de um dirigente, por vezes desconhecido da generalidade das pessoas, e que, falando bom português, "dá cabo" do futebol. Boa gerência meus amigos, falo de boa gerência, que NÃO REQUER bom resultados, dinheiro ou prestígio, mas sim que ORIGINARÁ tudo isso a longo prazo (pois, mais longo do que aquilo que o comum dos mortais é capaz de esperar)...



(Não é obsessão, é apenas um excelente exemplo do que me refiro)

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